sábado, 4 de setembro de 2010

Memorias da arte endiabrada.


Andava num jardim abandonado pensando na vida
Pensando no terrível erro que cometi
Foi quando a vi, estava sentado no mais escuro dos cantos
Num dos bancos do jardim, estava sentada de cabeça baixa, com um liquido
Eu conhecia esse liquido muito bem, esse liquido teimava em aparecer quando fazíamos os possíveis para o controlar, esse liquido que não fazia muito tempo que o derramei
Fui lenta e com receio, como ia me aproximar dela? Como podia disser para chorar tudo o que tinha para chorar que esse sentimento ia passar, como eu podia disser algo assim se eu me sentia péssima?
Mesmo assim, mesmo estando triste eu não podia passar assim sem dizer uma palavra de conforto.
Sentei-me no banco ao lado dela, ela cheirava as flores de jasmim, doce
Perguntei como se chamava e ela disse-me que se chamava vida
Perguntei-lhe porque chorava e ela disse-me que ninguém a queria
Continuei insistindo perguntado porque não a queriam
Ela respondeu que as pessoas passavam o tempo reclamando dela mas elas não faziam nada para a tornar mais fácil de vive-la. Eu deixei cair a minha cabeça para baixo, o que podia dizer sobre isso?
Eu não podia falar, ela tinha razão, tudo o que eu fiz era reclamar, reclamar mas não fiz nada para tornar mais fácil, quando levantei a cabeça vi que ela já não estava lá.
Desesperada eu corri a procura dela, passei por um lago e parei, vi algo que há muito tempo não via
Vi o meu reflexo na água, vi uma pessoa que já não reconhecia, e ……… também a vi
Vi a vida, agora estava diferente, agora ela sorria, sorria e pedia que eu a agarra-se pedia que eu a agarra-se e nunca desistir de fazer o que meu coração manda-se.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma letra
Uma palavra
Escreva
Escreva o que lhe vier em mente, escreva o lhe vier da alma.